segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Quando comecei a trabalhar, não imaginei que passaria de uma estagiária. Acabou-se meu contrato e fiquei de bobeira em casa já que tava sem estágio, de férias da faculdade e tudo mais. Em abril de 2006, me ligaram e comecei a trabalhar ganhando um salário mínimo lacrado. Nada mal pra quem tinha bolsa de R$ 135,00 reais (sim, é isso mesmo)... Completei um ano e saí de férias. Lembro bem um dia que fui pra o dentista, depois resolvi passar no recém-inaugurado Salvador Shopping. Me celular tocou. Era do trabalho! Fala sério! Assim que atendi, ouvi uma voz sêca: "Giselle, você acha que tem capacidade de assumir o cargo de fulaninha? Ela pediu demissão"! A fulaninha em questão trabalhava que nem uma condenada! Vivia tão estressada que tinha voltado a fumar, emagrecia a olhos vistos e às vezes ia pra o pátio chorar. Senti uma indignação, uma raiva e uma arzinho de desafio.... tudo junto... mas a única coisa que conseguia pensar era que meu salário mais que dobraria. Os cifrões e as milhares de possibilidades de coisas que eu poderia fazer com o dobro do salário começaram a passar em minha mente. Respondi que "sim' na hora! Perguntei quando começaria, e a resposta foi curta e grossa: "Se estiver interessada vem pra cá agora aprender a parte administrativa com ela, já que ela sai em uma semana. Ou acha que pode se virar sozinha?!" Nesse momento vi a besteira que tinha feito, mas não podia voltar atrás! Ela estava me desafiando.... me criticando... me subestimando... imagino o olhar fulminante que ela teria me lançado se estivesse na frente dela naquele momento. Fui me esforçando pra aprender em uma semana como se elaborar memorandos, ofícios, relatórios de produção.. Eu era tão feliz com minhas trasncrições e nem sabia... Quando comecei era uma burrada atrás da outra... eu era motivo de gozação, principalmente de alguns colegas que se achavam mais aptos para o cargo. E além de Diretora "espirituosa", havia a coordenadora, que era até mais perfeccionista e exigente que a própria chefe. Pensava a cada momento no buraco em que havia me metido. Mas minhas dívidas e meus pais não me deixavam desistir. Agora eu entendia... a outra escravinha.. eu também voltaria a fumar! E se duvidar, passaria a beber, tomar tarja preta pra dormir e sei lá mais o quê!! Era hora extra, ligações antes do expediente e mais um monte e coisinha que só fazia me deixar mais nervosa. Tava num nível de stress tão grande que começarama aparecer hematomas espalhados pelo meu corpo... o médico falou que era desgaste emocional. Tava explodindo já! Um belo dia, chamei a diretora e soltei o verbo (com todo respeito)! Falei que não precisava estar ouuvindo certo tipo de coisa, que eu não era formada em administração e ela sabia disso quando me contratou e mais um monte de coisa. Ela pediu pra eu ter paciência com a coordenadora, pois ela estava com problemas e coisa e tal... acho que no fundo queria que ela me demitisse...
Enfim... pra resumir a história, ao que parece, o contrato da empresa acaba em fevereiro, e estou agurdando ansiosamente. Apesar de ter me apegado às pessoas, ao lugar... não aturo certo tipo de coisa, e com certeza, mereço coisa melhor. Só quero ser demitida pra não perder meus direitos trabalhistas... pelo visto será em breve. Pela manhã tô dando aula num colégio, então vai dar pra segurar as pontas por enquanto...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Liberdade de expressão e aceitação das opiniões alheias...

Na última semana postei em meu orkut um vídeo do Leonardo Gonçalves cantando com o Ed Motta, e comentei o que achava a respeito. Algumas pessoas, em especial, me criticaram ferrenhamente por discordarem de minha opinião. Uma delas me mandou o blog de Michelson Borges (de quem por sinal sou seguidora), dizendo que 'esse sim, é relevante" ( Minha vida não faz mais sentido.. oh ser insignificante que sou)! E não foi simplesmente por não concordar comigo, mas foi, por eu ter julgado uma pessoa... (e ela estava fazendo comigo exatamente?) eu apenas comentei uma atitude pela qual me senti incomodada... (é.. eu não gosto de algumas coisas.... desculpa tá?!)... Veja bem, não estava sendo contra o cantor, de quem por sinal gosto muito, mas contra uma atitude que não gostei, e certa ou errada, é um direito meu.... tá na Constituição. O negócio foi tão ridículo, o sei lá como se chama isso, que teve direito à intercessão de terceiros...

Fiquei pensando nisso durante a semana, e cheguei a uma conclusão, que é até óbvia: O perfil é meu, eu posto, escrevo, adiciono, comento e faço qualquer coisa sobre o que eu bem entender, eu acho! Se as pessoas não concordarem com meu modo de pensar, paciência, é um direito delas... como igualmente tenho o direito de dizer o que acho.. é como diz Voltaire, 'saudoso Voltaire'... : " Posso não concordar com uma palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-las"!