quarta-feira, 13 de junho de 2012

Depois de  um tempo sem postar nada,  lá vai um texto q achei bacana, by Tati Bernardi! :)





O homem difícil.
Bastam um olhar e um decote. Alguns ainda dificultam um pouco, esperando uma ou outra piadinha mais elaborada. Mas a maioria topa mesmo sem esforços cerebrais. Pegar um homem é das coisas mais banais que existe. A vida de uma mulher razoavelmente moderna e sexualmente ativa é como uma solidão assistida. O encanto acaba na manhã seguinte, quando ele faz um teatrinho bobo enquanto você reza pra ele tomar logo o copo de suco e sumir da sua frente o mais rápido possível. Então o fulano não falou nada genial a noite inteira, foi para a sua casa sem nem saber direito quem você era e agora quer mostrar que sabe formar frases?
Acabaram os bons partidos que precisam de intimidade para se soltar. De tempo para se doar. De trocas intelectuais para se excitar. De abraços e mãos dadas e juras de amor para sentir prazer. De risos e conversas malucas e indicações de filmes e trocas de livros para se interessar. De meses e meses de historinhas e almoços e jantares e festas para adormecer ao lado.
A transa deixou faz tempo de funcionar como um prêmio, um mérito, uma medalha, um troféu. A sensação de “esse cara é para poucas, para quase nenhuma, só para mim” foi substituída por “umas três amigas minhas já pegaram e disseram que é bom”. É quase como se eles viessem em catálogos, com indicações de mulheres conhecidas, que dão notas. É tipo fazer compras no Mercado Livre.
Fica difícil namorar esse cara que já virou quase um objeto num mesmo grupinho de amigas. Fica difícil amar ou querer casar com um cara que sensualizou com todas elas. Então você não é especial? Então você vai querer esse protótipo que todas as suas amigas já repassaram? E a coisa anda tão sem graça que pelo menos um terço das mulheres que conheço estão preferindo experimentar outras mulheres.
O lesbianismo, antes praticado apenas por amebinhas de 19 anos querendo causar em festinhas fúteis, agora é uma alternativa comum das balzaquianas. Sim, nós também gostamos de dificuldade. De mocinhos limpinhos, seletivos e à espera de um amor. O “grande pegador” do colegial era popular lá no colegial. Mas o cara da firma que passou o rodo desde a recepcionista até a vice-presidenta não nos interessa mais. Quer dizer, podemos até reparar nele, mas, depois dos 30, que graça tem conquistar um cara que pega qualquer uma?
Que mulher vai realmente querer para pai dos seus filhos o cara que penetrou metade da população de sua cidade? Sim, eu estou tendo um acesso de puritanismo ou machismo ou tradicionalismo ou “relogiobiologicolismo”, ou seja lá o que for. Só sei que cansei. Quero parar e quero um bom moço que mereça que eu pare.
É que com 20 anos a gente até acredita que “el grande comedor” é um desafio a ser vencido. E com 25 também não pode falar muito porque está na mesma farra desenfreada que esses franco-atiradores. Com 29, está desesperada, com medo de fazer 30, e querendo se apegar a esses homens que não valem o que comem (e por isso comem a gente que, nesse momento, não vale muita coisa).
Mas, com alguma matu­ridade, preferimos o homem difícil, dedicado, bom moço, para casar. Aquele que, em vez de nos trazer bactérias e longas noites sem resposta, provoca uma vontade nova e profunda e verdadeira de ser uma grande parceira de vida para alguém.
É, eu sei, eu também não estou acreditando que escrevi esse texto. Rezem por mim.


sexta-feira, 4 de maio de 2012

simples


um trechinho de uma das minhas músicas preferidas




Algumas pessoas têm usado aquele símbolo do 'oito deitado" que significa infinito. Tá na moda, na abertura de novela, tem pingente, brinco, correntinha... enfim. Algo infinito é algo que nunca acaba, algo eterno. Achei um  conceito de "eternidade' que expressa bem o que penso a respeito: 
"Eternidade é um conceito filosófico que se refere no sentido comum ao tempo infinito; ou ainda algo que não pode ser medido pelo tempo, porquanto transcende o tempo. Se entendermos o tempo como duração com alterações, sucessão de momentos, a Eternidade é uma duração sem alterações ou sucessões." 
Por isso, saibam que só Deus e unicamente Ele, é eterno.

:)

sexta-feira, 20 de abril de 2012

"não é vc, sou eu"



Ah... sério?! Acho que essa é a desculpa pra dar um ponto final em namoro mas usada de todos os tempos... não sei como alguns ainda tem coragem de usar. E não sei como outros tem a inocência de aceitar...
Mas a maioria das pessoas já sabe que isso é um blefe em 100% dos casos.... Tá bom, 99%.
E quem ouve isso, sabe que não é o real motivo do fim da relação/ do namoro, caso, enfim... e essa com certeza é a pior parte. Não sei se chega a ser canalhice ou só covardia de quem tá  usando esse tipo de argumento...  E o kit é completo! Frases tipo "você é boa/bom demais pra mim", "vc vai ter alguém que te mereça"...mesmo floreado é muito doloroso de ouvir, e fala sério! Ah.. e sim, já ouvi isso.. e essa é só uma constatação inútil..rs

"Despamonhização"


Achei essa entrevista  por acaso no site http://projetoawake.com.br/?paged=6 e estou reproduzindo pq achei muitíssismo interessante! Lá vai:
Adorei essa entrevista com o filósofo Mário Sérgio Cortella, ele faz uma analogia da busca do prazer imediato com o miojo e da busca a longo prazo com a pamonha. Segue duas perguntinhas da entrevista:


Essa idéia de pressa tem haver com o que você chama de despamonhalização da vida?
“Nós vivemos em um mundo, especialmente por conta das plataformas digitais, em que a lógica é a do “tudo agora ao mesmo tempo junto”. Umas das coisas que leva á perda da noção de tempo e processo é o que chamo de despamonhalização da vida. Nós paramos de fazer pamonha e passamos a comprá-la pronta em nome de algo que é prático. Nem sempre o prático é certo. Muitas vezes o prático é só o prático. É mais prático furtar que trabalhar, colar que estudar, copiar do que ter que pesquisar. Em nome do prático, começamos a utilizar como critério tudo aquilo que é imediato. E paramos de fazer pamonha. Nã se trata de saudosismo, mas de trazer daquele tempo coisas que não podem ficar apenas lá. Quando se fazia pamonha passamos o dia inteiro juntos. Os homens saiam de manhã, iam buscar milho na roça, arrancavam a palha. As crianças tiravam o cabelinho que ficava no meio. As mulheres tinham o trabalho mais complicado, que era ralar o milho e costurar um saquinho de palha. Fazíamos isso das sete da manhã até as da quatro da tarde, que era quando comíamos a pamonha.
A Finalidade de fazer pamonha não era comer pamonha, era ficar junto o dia todo. Crianças e jovens aprendiam que para que uma pamonha aparecesse era preciso tempo, trabalho, convivência, divisão de tarefas.”


A despamonhalização é uma recusa ao imediatismo da vida?
“Exato. A idéia da pamonha é evitar aquilo que chamo de miojização da vida, a vida miojo. O namoro miojo, o sexo miojo, a pesquisa miojo. Hoje um jovem imagina que para fazer uma pesquisa ele dá uma “googleada” e pronto. Não. A internet é um poderoso meio de de começo de pesquisa, não de término. A idéia do “ficar”, comum entre os jovens, representa muitas vezes a miojização das relações. Há também casamentos miojo. Relação de casamento e também de vida. E até relação religiosa miojizada- o sujeito vai apenas à missa das 10 no domingo, porque é mais curtinha. Enfim, essa miojização do mundo corresponde a uma despamonhalização da vida, que é preciso rejeitar.”

terça-feira, 3 de abril de 2012

no transporte coletivo....

...é sabido que não se pode nem 'traseirar" e nem passar por baixo da catraca. Hoje uma senhora de aproximadamente uns 45 anos resolveu não ultrapassar a roleta. Estava sentada no fundo e fiquei observando ela, que sentou na escada e prontamente começou a ler um jornal que estava dobrado no chão. Depois cansou e ficou de cabeça baixa, olhando as pessoas de rabo de olho, visivelmente com vergonha. Quando chegou no Largo de Roma, ela pediu "por favor' ao cobrador que pedisse ao motorista pra abrir para que ela descesse, mas o "cobra" recusou. As pessoas comentavam e vi opiniões bem diferentes: uns achavam que o motorista tinha que levar até o fim de linha; outros, que ela estava ali por necessidade e não custava nada abrir. O fato é que a senhora ficou implorando ao cobrador que abrisse. Tirei uma grana do bolso pra pagar o transporte dela, e quando ia fazê-lo, ela começou a xingar sem parar. Fiquei meio hesitante: não pelo dinheiro, mas pelo fato de poder estar estimulando ela, já que minha atitude provavelmente seria vista por ela como um apoio. Fiquei pensando nisso com o dinheiro na mão até que alguém passou o smartcard pra ela... Aí ela desceu, já no ponto da igreja do Bonfim e ficou xingando o cobrador de fora.... fiquei pensando sobre o ocorrido... se o cobrador a estava ignorando porque não podia apoiar, já que os ônibus são monitorados com câmeras, mas ao mesmo tempo ele podia ter eliminado o problema rápido, deixando ela descer de uma vez, quando pediu... quanto à ela, via-se que estava sem graça... só começou a xingar porque vi que ele queria deixar ela bem longe por birra.... mas queria ver se fosse um cara mal-encarado e prometendo dar porrada se ele agiria da mesma forma...